sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Mestres de Artes Marciais – Mitsuyo Maeda

Considerado o precursor do jiu-jitsu no Brasil. Mitsuyo Maeda, mais conhecido como Conde Koma, nasceu em 18 de novembro de 1878, na cidade de Aomori, Japão e faleceu em 28 de novembro de 1941, na cidade de Belém, Pará.

Ele teve um papel fundamental no desenvolvimento do Jiu-Jitsu Brasileiro, ao ensinar o Kano Jiu-Jitsu (Judô) à família Gracie, que posteriormente adaptou e desenvolveu sua própria abordagem da arte marcial.

Maeda participou de mais de 2 mil lutas profissionais, com uma taxa impressionante de vitórias. Por seus feitos, é considerado o “pai do Jiu-jitsu brasileiro” ou "percursor do Jiu-jitsu brasileiro".

História

Quando criança Maeda praticou sumô, a arte marcial tradicional japonesa. Contudo, sua baixa estatura (1,64m) e peso leve (64 kg) limitaram suas chances de sucesso no esporte.

Na adolescência, Maeda foi atraído pelo crescente sucesso do Judô, especialmente após as vitórias em competições contra lutadores de Jiu-Jitsu tradicional, o que gerou grande interesse pelo estilo criado por Jigoro Kano.

Em 1894, quando ele tinha 17 anos, seus pais o enviaram para Tóquio para estudar na Universidade de Waseda, e ele se matriculou no Kodokan, a academia de Judô fundada por Jigoro Kano, em 1895, onde Maeda foi treinado por Tsunejiro Tomita, um dos primeiros alunos de Jigoro Kano e um dos pioneiros do Judô. 

Maeda rapidamente se destacou, tanto por sua habilidade técnica quanto por sua perseverança. 

Em 1904, Maeda foi promovido a sandan (3º dan) no Kodokan, após derrotar oito adversários consecutivos em um torneio interno. Ele ficou conhecido por sua abordagem prática do Judô, tratando treinos como combates reais, algo que inspirava alguns alunos, mas intimidava outros.

Maeda viajou por diversos países, incluindo Inglaterra, França, Espanha, Cuba e México, participando de competições contra lutadores de diferentes estilos, como boxe, luta greco-romana e Jiu-Jitsu clássico. Foi durante uma turnê pela Espanha (conforme mencionado no primeiro parágrafo), em 1908, que ele recebeu o apelido de “Conde Koma”, devido à sua calma e destreza em combate.

Maeda chega ao Brasil

Em 1914, Maeda chegou ao Brasil, junto com Soishiro Satake, e realizou uma série de demonstrações em Manaus e Belém. Enquanto Satake permaneceu em Manaus e fundou a primeira academia de Judô registrada no Brasil, Maeda continuou a viajar pelo país, promovendo o Judô e participando de competições.

Foi em 1917, em Belém, que Maeda conheceu Gastão Gracie, um influente homem de negócios e sócio do American Circus em Belém, o ajudou a se estabelecer no país. Durante uma apresentação de judô no Teatro da Paz em Belém do Pará, o filho mais velho de Gastão, Carlos Gracie, um jovem interessado em aprender suas técnicas. Maeda ensinou os fundamentos do judô para Carlos, que, junto com sua família, adaptou essas técnicas para criar o Jiu-Jitsu Brasileiro, um sistema focado em combates reais e defesa pessoal.

Em 1921, após a família Gracie ter mudado para o Rio de Janeiro, Conde Koma finalmente abriu uma academia em Belém do Pará, a escola pioneira do esporte no Brasil, já em 1930, se naturalizou no Brasil e mudou seu nome para Otávio Maeda.

Maeda, passou o resto de sua vida no Belém do Pará ensinando o judô em sua academia. Após sua morte em 28 de dezembro de 1941, a academia Conde Koma Judô clube ficou aos cuidados de seus 2 maiores discípulos, Sebastião Oli e Nakasan.

Sobre o apelido

De acordo com o site da imigração japonesa no Brasil, “Quando o Maeda entrou em Barcelona, ele viu um anúncio sobre uma palestra a ser realizada por uma pessoa que dizia ser o campeão japonês de judô, mas esta era a pessoa que o Maeda também conhecia e não era de maneira alguma, uma pessoa com habilidade suficiente para ser chamado de campeão. Então, decidiu dar-lhe uma lição e resolveu chamá-lo para uma luta utilizando outro nome, para que a pessoa não descubra que o seu oponente seria o Maeda e não fuja da luta ao saber disso. Ele não conseguia imaginar um nome bom e também estava sem dinheiro nesta época, portanto reunindo estes fatos ele primeiramente pensou em utilizar o nome “Maeda Komaru” (“Komaru” representa em japonês uma situação em que“está com problemas”). No entanto, ele utilizou somente o “Koma” deste termo e colocou a palavra “Conde”do espanhol na sua frente, nascendo assim o nome “Conde Koma”. O Maeda desafiou uma luta como Conde Koma, mas o oponente logo percebeu que seu adversário era o Maeda e fugiu da luta. No entanto, graças à esta lição, este indivíduo parou de chamar a si mesmo de campeão de judô.”

Fonte:

https://www.ndl.go.jp/brasil/pt/column/kodekoma.html

https://revistatimeline.com/a-historia-de-mitsuyo-maeda-1a-parte/

https://coisasdojapao.com/2017/08/mitsuyo-maeda-conheca-historia-do-nipo-brasileiro-percursor-do-brazilian-jiu-jitsu/

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Conheça as Marcas Homologadas no Judô pela IJF e CBJ

Os materiais de competição utilizados nesta modalidade são homologados pela as Federação Internacional de Judô (IJF) e aqui no Brasil a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) pode homologar também outras marcas nacionais.

As marcas mais reconhecidas e com equipamentos homologados para o judô a nível internacional são Mizuno, Adidas, DaeDo, Kusakura e Tagoya, todas certificadas pela IJF. No Brasil, além dessas marcas, a CBJ também pode homologar outras marcas, como a MKS, para uso em competições nacionais.

A Federação Internacional de Judô estabeleceu padrões que são revisados ​​anualmente para todos os equipamentos de judô usados ​​em competições. É importante lembrar que o judogi esteja dentro dos parâmetros obrigatórios exigidos pela IJF. Esses padrões são obrigatórios para qualquer competição internacional. Os regulamentos de cada Federação local podem ser mais flexíveis do que as regras da IJF, mas não o contrário.

A implementação do selo ou etiqueta de homologação

A Federação Internacional de Judô implementou em 1º de abril de 2015, o uso do Judogi com a etiqueta vermelha. Sendo obrigatório em todas as competições organizadas pela IJF. Isso se aplica SOMENTE as competições internacionais. As regras locais para competições nacionais e regionais e para a classificação de shiai não impõem esses novos padrões. 

Então a partir desta data, todos os praticantes que participarem de um evento internacional deverão obrigatoriamente possuir um judogi homologado pela IJF com etiqueta vermelha. Os regulamentos relativos as faixas não mudaram, podendo estas ter etiqueta azul ou vermelha. É imprescindível que o número de identificação da autorização da IJF conste no blusão e na calça.
Na faixa: aceita-se a logo vermelha OU azul.

No Judogi: SOMENTE a logo vermelha.

Conheça as marcas de fornecedores oficiais da IJF

TaiShan, Adidas, Danrho, Daedo, Essimo, Fight Art, Green Hill, Ippon Gear, Kakari, Kusakura, Le Coq Sportif, Matsuru, Mitsuboshi, Mizuno, Yawara Japan, Juridcl Sports, Agglorex, Zebra, Tatamix, Trocellen, Back Number, Judô Backnumber, My Backnumber

Conheça as marcas de fornecedores oficiais da CBJ

Kusakura e MKS

Você sabe o que esse Etiqueta (Selo) CBJ OFICIAL aplicado nos produtos significa?

A CBJ é a entidade responsável pelo Judô no Brasil. A CBJ lançou seu Selo de produto APROVADO, com objetivo de informar que esses produtos passaram por rigoroso processo de teste, sendo aprovado para prática do judô em todos os níveis, do iniciante ao profissional e indicado para todas as competições nacionais.

Quanto ao uso das Etiquetas (Selo) com o contorno Azul ou Vermelho nas Competições Internacionais?

De acordo com determinação da IJF (International Judo Federation) a regra válida é a seguinte: As etiquetas Vermelhas em Jugodi (jaqueta e calça) são obrigatórias para competições internacionais (Cadetes, Juniores e Seniors). Quanto às faixas, as Etiquetas Vermelhas e Azuis são permitidas para as competições internacionais.

Quanto as eventuais mudanças e atualizações que possam ocorrer, fique atento através do site da IFJ e da CBJ.

Sobre as Entidades

Federação Internacional de Judo – IFJ

Após a reconstituída da União Europeia de Judô depois da Segunda Guerra Mundial, em 11 de julho de 1951, em Londres, seus representantes (Grã-Bretanha, França, Itália, Bélgica, Holanda, Alemanha, Áustria e Suíça) receberam a candidatura da Argentina e a partir daí foi criada a Federação Internacional de Judô. O italiano Aldo Torti tornou-se o primeiro presidente da IJF. Atualmente o presidente é o austríaco Marius L. Vizer. A Federação Internacional de Judô reúne hoje mais de 200 federações nacionais e 5 uniões continentais.

Confederação Brasileira de Judô

A primeira instituição a ‘coordenar’ o desenvolvimento do judô kodokan no Brasil foi a Ju-kendo-Renmei a partir de 1933 em São Paulo e 1937 no Paraná. A partir do ingresso do judô como modalidade olímpica nos Jogos de Tokyo em 1964, passaram-se a se organizar as instituições federativas do judô brasileiro. A Confederação Brasileira de Judô foi fundada em 18 de março de 1969, sendo reconhecida em 1972, quando o Brasil conquistou a primeira medalha olímpica. A partir de 1984 o país estabeleceu uma tradição vitoriosa em Jogos Olímpicos, conquistando medalhas em todas as edições. Com federações nos 27 estados e mais de um milhão de praticantes, o judô assumiu, em 2012, a posição de esporte brasileiro com maior número de medalhas em edições dos jogos olímpicos.

Desta forma captou grande número de apoiadores e patrocinadores, já que sua marca é confiável e vitoriosa. O Campeonato Mundial de Judô foi realizado no Brasil em 1965, 2007 e 2013.

Na Bahia a entidade ligada a CBJ é a Febaju.

Referência

Site da IJF

Site da MKSCombat

Site da Kusakura Shop

Site da CBJ

Site: Fight Store