domingo, 29 de dezembro de 2024

Conheça os sete deuses da sorte do Japão (Shichifukujin)

Os sete Deuses da sorte (Shichifukujin) também conhecidos como os sete Deuses da Felicidade ou os sete Deuses da Boa fortuna fazem parte da cultura e do folclore japonês incluindo o Xintoísmo, Taoísmo e Budismo. Vindo de diferentes partes da Ásia, principalmente da China, Índia e Japão e consequentemente de várias outras religiões. Foram popularizados na Era Edo (sec. XVII) pelos agricultores, comerciantes e artesões.

A palavra Shichifukujin (七福神) é composta de três palavras Shichi (sete) Fuku (sorte) jin (deuses) são divindades retratadas (de aparência cômica) juntos à bordo de um navio do tesouro (takarabune). Assim como para nós, o Papai Noel tem seu trenó, juntamente com as renas, os sete deuses têm sua Takarabune (arca do tesouro). Os deuses chegam a cada dia 31 de dezembro, no Ano Novo (O Shougatsu), em seu navio de tesouro para distribuir presentes de felicidade, fortuna e sorte.

Os Sete Deuses da Felicidade são conhecidos por trazerem sucesso na carreira profissional e nos negócios, proporcionar segurança à família, atrair dinheiro e muita sorte; por isso podem ser encontrados, expostos em estabelecimentos comerciais e casas particulares. Tornando-se popular a crença de que dormir com esta imagem atrai a boa fortuna nos negócios e o bem-estar.

Desconhecido do público ocidental esta lenda originou-se na cidade de Kyoto, através da adoração das figuras de altos oficiais, que representavam as religiões (budismo, xintoísmo e taoísmo) para os quais as pessoas passaram a rezar por colheitas abundantes e prosperidade do país. Esta crença começou aproximadamente há 500 anos quando a economia do Japão estava em crise devido a inúmeras guerras da era Muromachi (1392-1573) e na esperança de ganhos momentâneos que atenuassem os tempos difíceis.

Durante este período, os negócios comerciais passaram a tomar forma e as pessoas a desenvolver um senso de individualismo e busca por benefícios próprios. Quando a cultura popular começou a florescer - período “Edo” ou Tokugawa (1603-1868), os Sete Deuses da Sorte, tornaram-se bastante cultuados. Deu-se o início à peregrinação shichifukunjin de visita aos templos e santuários associados aos deuses com o intuito de pedi o bem-estar da família e o sucesso nos negócios.

Origem dos deuses

Dentre os 7 deuses, apenas um tem sua origem no Japão, o Ebisu. Os outros seis deuses são originários de outras culturas, como China e Índia, sendo assimilados ao longo dos séculos pela mitologia e cultura japonesa. Veja abaixo a origem de cada um deles.

  • Daikokuten, Bishamonten e Benzaiten - originárias do panteão hindu-budista da Índia
  • Hotei, Jurojin e Fukurokuju vieram das tradições taoísta-budistas da China
  • Ebisu é nativa da tradição xintoísta do Japão

Os shichifukunjin vem de diversas origens religiosas, incluindo xintoísmo, budismo e hinduísmo. Cada divindade representa diferentes virtudes e aspectos da prosperidade, tornando-os parte integrante das crenças e tradições espirituais japonesas. Desde os tempos antigos até os dias atuais, os Shichifukujin desempenharam um papel significativo na arte, no folclore e na vida cotidiana no Japão, oferecendo esperança e inspiração às pessoas que buscam sorte e sucesso.

Geralmente, eles são representados a bordo de um barco do tesouro (em japonês, “takarabune”) e são retratados juntos em pinturas, esculturas, músicas e danças. No Japão, muitos templos e santuários são dedicados a um dos deuses e, raramente, ao grupo todo.

Conheça os 7 deuses da sorte e da fortuna

Benzaiten (弁財天) - deusa das artes, do conhecimento e da beleza

Sendo a única mulher deste grupo Benzaiten ou Benten, nome japonês dado a deusa hindu Saraswati (deusa indiana) que segundo a lenda é a terceira filha do Rei Dragão de Munetsuchi e que pode se transformar em uma serpente.

Na Índia, segundo a lenda a deusa Benzaiten (chamada de Saraswati) originalmente é representada como 4 braços (onde ela segura um item simbólico em cada mão, incluindo uma flor de lótus, um instrumento musical, um livro ou manuscrito e um rosário ou colar de contas de oração). Para os japoneses sua imagem é de uma mulher bonita de longos cabelos escuros com dois braços, segurando um bandolim japonês (biwa) e geralmente sentada sobre um dragão ou serpente representando assim seu domínio sobre as artes e a música.

Benzaiten é considerada a deusa japonesa do mar, das artes em geral, do amor e da beleza. Esta deusa também traz sorte, fartura, da sabedoria para ter sucesso nas batalhas e também nos estudos. Dizem que sonhar com uma serpente branca é sinal de boa sorte.

Ela é a deusa de tudo o que flui: água, voz, música, discursos, e por consequência o conhecimento e qualquer tipo de arte. Geralmente, os templos em sua homenagem ficam próximos ao mar. Nos contos épicos japoneses muitos samurais lendários, deparam com Benzaiten em momentos difíceis e receberam dela orientações.

Os dragões e as serpentes são seus animais sagrados; as serpentes, especialmente, são suas mensageiras e por vezes a deusa aparece sob esta forma. É considerada a deusa que previne os terremotos e cuida das ilhas, especialmente a de Enoshima, onde se encontra seu principal templo.

Veja agora algumas crenças em relação a esta deusa. Dentre as crenças temos: colocar na carteira um pedaço de pele de cobra pode-se atrair dinheiro. As mulheres que queriam dar à luz a uma filha menina bonita passavam horas meditando em seus templos. Tinha uma pérola, amuleto de sabedoria, que realizava desejos. Possuir uma pintura ou estatueta dessa deusa garante saúde, beleza e desenvolve talentos artísticos.

Bishamon ou Bishamonten (毘沙門天) – Deus da Guerra e dos guerreiros

Bishamon, Bishamonten ou Tamonten tem origem Hindu e se caracteriza vestido com armadura, capacete, uma lança e um recipiente em forma de templo. É considerado o protetor dos lugares por onde Budha pregou e se tornou uma divindade budista da Índia, defensor da paz, dos justos e da lei budista.

Considerado símbolo de autoridade e tinha o poder de salvar os imperadores de doenças graves, de expulsar os demônios e a peste. Ele vive no meio da montanha sagrada de Sumeru. Traz boa sorte na batalha e na defesa e distribui tesouros e boa sorte aos pobres e pessoas dignas.

Ter sua figura desse deus em casa afugenta ladrões e preserva os bens da família.

Daikokuten ou Daikoku (大黒天) - Deus da riqueza, da agricultura e do Comércio

Este deus tem origem na Índia e chegou ao Japão via o Tibete e China. Sua imagem tanto em forma de estatueta ou de pintura, garante progresso profissional e enriquecimento ligado ao trabalho. Sua imagem por ser associada a alimentos é muito utilizada em cozinhas e casa particulares. É um dos deuses mais alegres.

Considerado deus da riqueza, comércio, fazendeiros, cozinheiros. Costuma ser representado como um homem gordo sobre fardos de arroz, sorrindo, usando roupas de caça antiga, capuz ou gorro, com uma protuberante barriga indicando que está bem alimentado e próspero, traz na mão um martelo de madeira (Uchide – no-kozuchi) que segunda a lenda, a cada batida faz surgir moedas de ouro (simbolicamente cada martelada representa trabalho) e um saco no ombro onde carrega consigo alguns tesouros que antigamente era arroz para superar a fome. Hoje, dinheiro, outros dizem que é paciência e sabedoria e no futuro...? Devido à sua associação com cozinha e alimentos, imagens de Daikoku são muito comuns nas cozinhas dos mosteiros budistas e casas particulares.

Daikokuten simboliza prosperidade, riqueza, fartura, trabalho e produção. Quem pensa em ter riquezas financeiras tendem a adorar esse deus. É muito popular entre os agricultores japoneses, pois protege as colheitas.

Ebisu (恵比須) - Deus dos pescadores, comércio e riqueza

Dentre os sete Deuses, Ebisu é o único que tem sua origem no Japão.  Por ter vindo do mar Ebisu é considerado o Deus dos pescadores e dos mares, guardião das viagens marítimas é também das plantações de arroz, da agricultura em geral e dos comerciantes.

Com seu rosto sorridente, característica que deu origem a expressão japonesa “Ebisu kao” rosto de Ebisu, que significa que a pessoa está sorrindo e feliz. Normalmente é retratado segurando uma vara de pescar na mão direita e um peixe grande na mão esquerda.

Agricultores, fornecedores e comerciantes adotaram Ebisu por representar prosperidade em troca de seu trabalho duro. Sua imagem em um estabelecimento garante sucesso nos negócios. Tornando-se assim o Deus mais popular dentre os sete Deuses.

Dizem que Ebisu não dá o peixe, mas ensina a pescar. Ebisu também representa a honestidade.

Dizem que Ebisu é filho de Daikokuten e muitas vezes aparecem juntos em esculturas e pinturas. Outros acreditam que ele foi o primogênito de Izanagi e Izanami, os deuses primordiais do Japão.

Curiosidade: O deus Ebisu também dá nome a uma cerveja popular no Japão, chamada Yebisu (forma arcaica de Ebisu, em que não se pronuncia o “y”). A empresa Sapporo, antiga Japan Beer, criou a cerveja Yebisu no final do século XIX, na época em que a maior parte das fábricas da empresa se concentrava na região sudoeste de Tóquio, onde foi construída a estação de trem de mesmo nome. A antiga fábrica de cerveja atualmente é ocupada pelo museu que leva o nome de Ebisu.

Fukurokuju (福禄寿) – Deus da sabedoria, longevidade

Este deus tem origem chinesa, seu nome é composto pelos ideogramas: Fuku (felicidade), Roku (riqueza) e Ju (vida longa). Este sábio chinês simboliza também a sabedoria, além de ser associado a popularidade.

Muitas vezes confundido com Jurojin por apresentar características parecidas, como: longa testa, possuem barba branca e comprida, são carecas e vestem roupas típica de um velho sábio chinês, além disso carregam um cajado, um pergaminho e uma garça um dos animais que simbolizam a vida longa e sabedoria. O que diferencia os dois é a garafa de sake que jurujin carregava enquanto fukurokuju carregava um leque cerimonial.

Fukurokuju é o único que tem a capacidade de ressuscitar os mortos e de sobreviver sem comer.

Acreditar-se que passar a mão na careca deste deus pode trazer sabedoria. E ganhar uma estatueta traz popularidade e garante a longevidade.

Hotei (布袋) - Deus da abundância e da felicidade

Conhecido como Buda risonho ou “Buda Gordo” tem sua origem na China. Este monge budista carrega consigo um saco de pano onde distribui alimentos e outros presentes para os pobres, seria o papel Noel do presente. Além disso, também anda com um leque que representa a autoridade de conceder desejos. Considerado com uma divindade da felicidade, boa fortuna e da benevolência. Suas características básicas são: careca, baixinho, roupa caindo pelos ombros, com uma grande barriga que simboliza seu grande coração, além de ser muito amado pelo povo.

Podemos encontrar sua imagem em restaurantes, lojas, templos e amuletos. Sua imagem remete satisfação e representa grandiosidade de espírito. No ocidente ele é confundido com o Buda Siddartha Guatama. Segundo a crença popular, apreciar ou ter uma estatueta de Hotei espanta as preocupações e esfregar sua barriga traz sorte e saúde, e contemplar sua figura espanta as preocupações. Hotei possui um ar de “inocência iluminada”.

Para os japoneses, o “hara” (ventre) representa o coração e a personalidade, portanto, devido a seu vasto “hara”, ℍ𝕠𝕥𝕖𝕚 possui uma grandiosidade de espírito. Segundo a crença popular, esfregar sua barriga traz sorte e saúde. Dizem que Hotei tem recurso interior para todos que queiram atingir a serenidade completa e sabedoria búdica.

Jurojin ou Juroujin (寿老人) - Deus da longevidade e da Sabedoria

Considerado como deus da longevidade, da sabedoria, e também da ecologia, por estar sempre viajando acompanhado de animais como: garça tipo grou (tsuru), um veado e uma tartaruga que no Japão simbolizam vida longa. Este deus é caracterizado por um idoso com longa barba branca, cabeça alongada e careca, vestido como sábio chinês, sempre sorridente segurando um cajado e um pergaminho pendurado onde contêm as escritas da sabedoria do mundo e o segredo da longevidade. Muitas vezes é confundido com o deus Fukurokuju por causa das semelhanças físicas.

Os sete deuses da sorte são representados a bordo de um barco do tesouro (em japonês, “takarabune”) e são retratados juntos em pinturas, esculturas, músicas e danças. No Japão, muitos templos e santuários são dedicados a um dos deuses e, raramente, ao grupo todo.

Sobre os Takarabune e Takaramono

No Japão acredita-se que no ano novo, os sete deuses vêm ao reino terrestre tripulando o “takarabune”, navio dos tesouros, trazendo consigo seus “takaramono” (tesouros), itens mágicos são eles: 

Kakuregasa:  Chapéu da invisibilidade, quem o usar tem o poder de ficar invisivel. Este artefato figura em inúmeros contos e lendas antigas do Japão.

Orimono: Rolos de brocado. Tecidos finos e bordados, portanto extremamente preciosos.

Kanebukuro: Bolsa inesgotável, uma bolsa que pode conter ouro, amuletos, perfumes. Essa bolsa traz boa sorte pois nunca se esvazia.

Kagi:  Chave para o “depósito” de tesouros dos Deuses. Como a sua fortuna é infinita, traz boa sorte.

Makimono:  Significa literalmente “coisa enrolada”. Esses seriam os pergaminhos da longevidade e sabedoria.

Uchide no kozuchi: Martelo mágico. presente em muitas histórias e lendas japonesas, antigas e também figura nas mais atuais, esse martelo teria o poder de conceder desejos.

Kakuremino: Capa de chuva da invisibilidade. Mino significa palha, que era usada como material para fabricar capas de chuva na antiguidade.

Hagoromo:  A palavra combina “pena de pássaro” e “túnica humana”. O hagoromo é muito bonito e concede a seu usuário o poder de voar. Hagoromo também é o nome dado as vestes de uma “Tennin”, (espírito angelical feminino) que voa e vive no “paraíso” budista.

Nunobukuro:  Grande saco de pano, que nunca se esvazia

As imagens dos Shichifukujin são vistas por todo o Japão, como estátuas de pedras, esculturas em madeira, gelo, acrílico e nos mais variados materiais e pinturas.

Superstições

Uma superstição ou tradição de Ano Novo (em japonês, “Oshōgatsu”) muito comum é colocar uma imagem com os 7 deuses no Takarabune (barco dos tesouros), debaixo do travesseiro na noite da virada para trazer sorte para o ano que está começando.

Faz parte da tradição, antes de se deitarem, as crianças colocam a imagem dos deuses sob o travesseiro para garantir um Ano Novo feliz e próspero.

Os costumes não são adotados somente pelas crianças. Durante os primeiros 7 dias do ano, famílias inteiras vão visitar templos e santuários para demonstrar respeito ao Shichifukujin.

7 deuses da sorte... 7 ervas no dia 7 de janeiro

Toda cultura tem um pouco de superstição. Nelas, os números têm significativa importância, tendo os da sorte e do azar.

No Japão, os números 4 (pronunciado "shi") e 9 (pronunciado "ku") são considerados de azar, por causa da pronúncia. "Shi" significa, também, morte e "ku", agonia ou tortura.

7 é um número auspicioso em quase todos os países do mundo, não sendo exceção no Japão. Este número cheio de mistérios é incluído em vários termos, por exemplo: 7 maravilhas do mundo, 7 pecados mortais, 7 reencarnações da alma para alcançar a iluminação (de acordo com o budismo japonês), 7 virtudes, 7 mares, 7 dias da semana, 7 cores, 7 anões, etc... Além disso, no japonês arcaico, o ideograma que representava a felicidade era formado por três números 7.

Nanakusa Gayu (七草粥) – Mingau de arroz com 7 ervas da Primavera

Além disso, no Japão, há o costume de comer o mingau ou sopa de arroz com 7 ervas no dia 7 de janeiro. Todos os anos, no dia 7 de janeiro, os japoneses observam uma tradição conhecida como Nanakusa no Sekku (七草の節句), ou Festival das Sete Ervas, comendo um mingau de arroz saudável chamado nanakusa gayu (七草粥). Acredita-se que esse costume consagrado traz boa saúde e afasta os maus espíritos durante o resto do ano.

Também chamado de "Haru no Nanakusa" (春の七草) ou sete ervas da primavera, acreditam os praticantes, removem o mal do corpo e previnem doenças. Como se comem e bebem demais no primeiro dia do ano, o mingau de 7 ervas é uma refeição que serve para reabastecer o corpo com a energia da natureza, saudável, além das vitaminas que o prato oferece.

A prática veio da China ao Japão, onde havia o costume de comer ervas recém-colhida no início do ano novo.

Essas ervas são: seri (salsa), nazuna (bolsa de pastor), gogyou, hakobera (stellaria), hotokenoza (semelhante a dente-de-leão), suzuna (nabo) e suzushiro (rabanete)

Acredita-se que comê-los no dia 7 de janeiro, atrairá boa sorte, saúde e ajudará a afastar todo o mal do corpo e doenças. Além disso, é uma refeição saudável e natural que oferece muitas vitaminas e energia. No dia 7 de janeiro é declarado o fim do OShougatsu (正月) no Japão.

Referencias:

Site: aliança cultural

https://www.japaoemfoco.com/shichi-fukujin-os-7-deuses-da-sorte/

https://arquivodacat.com/sete-deuses-da-sorte-japoneses-shichifukujin/

https://www.japan-experience.com/plan-your-trip/to-know/understanding-japan/shichifukujin

https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-12053/os-sete-deuses-da-sorte/

https://www.japaoculturaeturismo.com/2012/01/7-deuses-da-sorte-7-ervas-no-dia-7-de.html

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Filmes sobre o boxeador Muhammad Ali

O boxeador campeão olímpico (Roma – 1960) e tricampeão mundial dos pesos pesados, falecido em 03 de junho de 2016, com 74 anos, foi protagonista de algumas produções, inclusive sua própria cinebiografia.. Com coragem, determinação e muito carisma, Muhammad Ali foi inspiração para diversas produções de documentários, biografia e filme.

Muhammad Ali, nasceu em Louisiville, em Kentucky – EUA, com o nome de Cassius Marcellus Clay Jr. Foi eleito "O Desportista do Século" pela revista estadunidense Sports Illustrated em 1999.

No seu cartel de luta, o campeão teve 57 vitórias, sendo 37 por nocaute e 5 derrotas, Ali foi um ativista político e humanitário.

FILMES, DOCUMENTÁRIOS E BIOGRAFIAS

Réquiem por um lutador (1962)

O filme mostra a carreira de Louis Rivera como pugilista chega ao fim após uma derrota para o jovem Cassius Clay. Após tentar obter trabalhos fora do ringue, Rivera se vê nas mãos de seu endividado agente, que o coloca em disputas humilhantes de luta livre.

Um Fenômeno Chamado Cassius Clay (1970)

A história documental de Muhammad Ali (Cassius Clay) — o campeão de boxe peso-pesado cujo estilo e coragem capturaram a imaginação do mundo.

O Maior de Todos (1977) / The Greatest

Cinebiografia do campeão Muhammad Ali, considerado um dos maiores pugilistas de todos os tempos.

A vida conturbada de Cassius Clay, um jovem negro do Sul que, depois de ganhar uma medalha de ouro nas Olimpíadas, se tornou campeão mundial de Boxe Peso Pesado. Influenciado por Malcolm X, se tornou muçulmano, mudando de nome para Muhammad Ali e indo para prisão por recusar lutar no Vietnã. Perde o título e reinicia a difícil luta de retorno ao sucesso.

O Caminho da Liberdade (1979)

Drama de época feito para a TV. Minissérie com 186 minutos, baseada em best-seller de Howard Fast, autor de "Spartacus". Evoca os tempos que se seguiram à Guerra Civil norte-americana na Carolina do Sul, cobrindo o período de 1865 a 1876, através da trajetória de um ex-escravo, Gideon Jackson (Muhammad Ali), que é eleito senador e combate pela liberdade de seu povo contra o preconceito reinante da Ku Klux Klan. O telefilme marcou a despedida do diretor tcheco Ján Kadár (1918-1979), o cineasta de "A Pequena Loja da Rua Principal" (Oscar de melhor filme estrangeiro de 1965), que morreria logo após a conclusão do trabalho.

Campeões Para Sempre (1989)

Nenhum outro filme tem uma análise tão abrangente das maiores lutas de Ali, as filmagens lendárias das lutas e os comentários e conversas relevantes em tempo real com os homens que fizeram dele "O Maior". Muhammad Ali foi simplesmente o máximo e ele provou isso ao enfrentar os lutadores mais incríveis de todos os tempos. Juntos, eles fizeram o mundo dos esportes parar enquanto lutavam pelo domínio.

A vida, a carreira e as histórias de cinco ex-campeões mundiais de boxe, categoria peso pesado.

Quando Éramos Reis (1996)

O documentário mostra os preparativos para a luta que foi considerada uma das maiores do século, entre George Foreman e Mohammad Ali, no Zaire, em 1974.  Nesse ano, Muhammad Ali com 32 anos e o público acha que ele já passou do seu auge. George Foreman dez anos mais novo e o campeão da categoria peso pesado do mundo. Por um cachê de 5 milhões para cada, eles concordam em lutar um contra o outro. Assim, o Rumble In The Jungle foi montado, com direito à apresentações musicais de James Brown e B.B. King.

Ali (2001)

O filme conta um pouco da história de Cassius Clay sempre impressionou a todos tanto com suas habilidades no boxe quanto com o jeito articulado e inteligente fora dos ringues. Na década de 60, ele ficou ainda mais famoso quando se converteu ao Islamismo e trocou o nome para Muhammad Ali e se recusar a lutar na Guerra do Vietnã.

Muhammad Ali – aos Olhos do Mundo (2001)

Aos olhos do mundo é uma história extraordinária de um dos maiores símbolos do século XX, contada por familiares, amigos e fãs de todo o mundo.

Encarando Ali (2009)

A trajetória da lenda do boxe, Muhammad Ali, é contada por dez pugilistas que o enfrentaram no ringue. Dentre eles nomes também lendários como George Foreman e Joe Frazier.

Os boxeadores falam das lutas pelo ângulo único de quem participou delas. Falam também do contexto em que essas lutas ocorreram, de suas vidas pessoais, glórias e tragédias, além dos bastidores algumas vezes obscuros e a margem da lei do mundo do boxe profissional.

Thrilla in Manila (2008)

Um exame detalhado da intensa rivalidade entre os dois campeões de boxe peso-pesado, Joe Frazier e Muhammad Ali.

Muhammad e Larry (2009)

O documentário segue a última tentativa de Muhammad Ali de reconquistar o título mundial dos pesos pesados. Mas durante a preparação para a luta, sérias preocupações com a saúde de Ali ameaçavam o objetivo do campeão, que já não estava em sua melhor fase. Em outubro de 1980, Muhammad Ali deixou a aposentadoria para tentar um feito inédito e se tornar campeão mundial de pesos-pesados pela quarta vez, contra seu antigo parceiro de luta Larry Holmes.

A Grande Luta de Muhammad Ali (2013)

Em 1967, o boxeador Muhammad Ali se recusou a servir o exército dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã por ter se convertido ao islã e, segundo a religião, ele não participar do conflito. Devido à atitude, Ali teve seu título de campeão mundial cassado e foi proibido de lutar boxe nos Estados Unidos, além de se tornar réu em um processo que poderia levá-lo à prisão. O julgamento em questão chega à Suprema Corte de Justiça, onde os juízes, todos de idade avançada, precisam decidir a questão. O problema é que nem sempre eles avaliam apenas o espírito da lei, levando em consideração também a política adotada pelo então presidente Richard Nixon.

Muhammad Ali – Das Lutas ao Ativismo (2013)

Documentário que relata a maior luta do pugilista Muhammad Ali foi fora dos ringues, quando em 1967 ele foi sentenciado a cinco anos de prisão por recusar se alistar ao exército americano para combater no Vietnã. Um retrato da vida do boxeador dentro e fora dos ringues, passando pela sua conversão ao islamismo, seu confronto com o governo norte-americano que o levou ao ativismo e sua luta contra a doença de Parkinson. 

Eu Sou Ali: A História de Muhammad Ali (2014)

A biografia mostra a vida do lendário boxeador através do acesso exclusivo ao arquivo pessoal das gravações, de Ali, combinado com comoventes entrevistas e testemunhos de seu círculo de amigos e família, incluindo suas filhas, filho, ex-mulher e irmão, além das lendas da comunidade do boxe como Mike Tyson, George Foreman e Gene Kilroy.Viva a extraordinária história de Ali, como lutador, amante, pai – contado pela primeira vez por aqueles que a viveram.

Ali e Cavett: A História das Fitas (2018)

Documentário sobre a coragem e o carisma da lenda do boxe Muhammad Ali através da amizade improvável que entre o campeão e o apresentador de TV Dick Cavett.

Qual o meu nome: Muhammad Ali (2019)

Retrato íntimo de Muhammad Ali baseado em gravações do próprio campeão.

Uma noite em Miami: Sam Cooke, Malcolm x e Muhammad Ali (2020)

É um recorte da vida do lutador de boxe da categoria de peso-pesado, Cassius Clay, o Muhammad Ali. O filme acompanha sua trajetória desde jovem, quando ganhou visibilidade após participar do Miami Beach Convention Center e sair como vencedor de sua categoria, além de revisitar como se deu o início de sua amizade com Malcom X, Sam Cooke e Jim Brown.

Irmãos de Sangue (Blood Brothers) Malcolm x e Muhammad Ali (2021)

De um encontro casual a um desfecho trágico, o extraordinário vínculo entre Malcolm X e Muhammad Ali se rompe sob o peso da desconfiança e de ideais divergentes.

Cassius X: Becoming Ali (2023)

Acompanha os primeiros anos de Cassius Clay, de novato de olhos brilhantes a campeão mundial dos pesos pesados ​​e de intelectual da classe trabalhadora a um dos mais influentes defensores dos direitos civis dos Estados Unidos. O filme revela como os ensinamentos de Elijah Muhammad, reforçados por uma amizade com o pregador revolucionário Malcolm X, colocaram Clay na jornada para se tornar "Cassius X", antes de sua indução à Nação do Islã e ascensão ao nome do grande Muhammad Ali. CASSIUS X: Becoming Ali é a história extraordinária de como um jovem boxeador de Louisville, Kentucky, se tornou um ícone cultural para as eras, para sempre conhecido como "O Maior".

Meu Pai Muhammad Ali (2023)

A história do campeão de boxe Muhammad Ali pelos olhos de seu único filho biológico, Muhammad Ali Jr. Muhammad Jr. lutou contra bullying, abandono, vício, família e desgosto para finalmente encontrar paz.